13.4.2016
Férias, calor… nada foi maior que o ânimo da equipe que está entre as 8 finalistas do Dragão Fashion Brasil (Foto: Aida Franco).
Apesar de o semestre letivo de 2016 ter começado nessa última segunda (11), as máquinas de costura da oficina do curso de Moda da UEM não param desde dezembro. Sob a orientação da professora Maria Helena Ribeiro de Carvalho, um grupo de 6 alunos de anos distintos estão cumprindo jornadas diárias, a fim de confeccionarem as peças de 07 looks inscritos no Dragão Fashion Brasil. O evento é uma espécie de celeiro de novos talentos e um trampolim para estilistas e marcas engajados em uma visão mais autoral da moda. E as longas jornadas de costura já estão sendo recompensadas: dentre 154 inscritos, a equipe foi uma das 8 finalistas. Nesse ano, a final acontece no Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza, entre os dias 04 a 07 de maio, e tem como temática o “Sangue Latino”.
O trabalho exigiu várias etapas, antes de chegar exatamente à sua parte prática. Foram pesquisas, esboços das ideias, prototipagem para saber como seria a construção das peças e isso tudo em meio ao calorão que toma conta da oficina de moda. Mas as altas marcações no termômetro não foram maiores que a confiança da equipe que não esperou a classificação e continuou confeccionando o restante da coleção. “Entramos para participar com muito ânimo e dedicação. Desde dezembro já foram mais de cem horas de trabalho, não haveria tempo hábil para esperarmos o resultado da classificação para darmos início à confecção das demais peças e desenhos técnicos”, explica Maria Helena.
Detalhe do processo de confecção de uma das peças, desenhado por Nathaly Cruz (Foto: divulgação).
O prêmio para o primeiro colocado é de 8 mil reais, mas isso não paga os gastos que a trupe terá que investir a fim de presenciar o evento, porém, a recompensa está na fala de cada um deles. “Estamos dedicando todo nosso tempo ao término das peças e não temos tempo de buscar patrocinadores, mas seria muito importante que tivéssemos algum apoio para custearmos as despesas com a viagem”, ressalta a professora Maria Helena. As passagens e reservas de hotel precisam ser realizadas na próxima semana e a média de gasto, individual, com estadia e hotel é de R$1.400,00, fora a alimentação.
“É muito gratificante porque colocamos em prática o conhecimento adquirido e mostramos do que somos capazes” (Thaís Carolini Pereira Feltrin - 2º ano de Moda)
“É um grande desafio. Estar entre os 8 finalistas já é uma alegria enorme e apesar de todo o trabalho, de todos os desafios, vale a pena.” (Dário Kenedy Mittmann Barbosa - 2º ano de Moda)
“Acho incrível a experiência de materializar nossos trabalhos” (Deise Caroline Silva Bérgamo - 4ºano de Moda)
“Essa classificação significa a valorização do nosso trabalho” (Cinthía Custódio Miranda - 3º ano de Moda)
Participam também do projeto as alunas Nathaly Paulo da Cruz e Lorena Andrade ( 2º e 4ºano de Moda, respectivamente). A professora Maria Helena faz questão de frisar que todo o trabalho está sendo realizado pelos alunos com a estrutura disponibilizada pela UEM. Apenas um ornamento de uma das peças é terceirizado, o restante é fruto do esforço de cada um que está botando as mãos nas agulhas. “O aluno fica na teoria e muitas vezes não consegue ver a realidade da materialização do trabalho. É com a prática que ele se depara com dificuldades que ele precisa buscar uma solução e nesse momento vivenciamos uma grande troca de conhecimento”, frisa a professora. Para ela, o grande ganho desse processo é justamente a troca de informação que gera o conhecimento.
Os detalhes e imagens dos looks desenvolvidos pela equipe, de acordo com critério do concurso, não podem ser divulgados até o resultado final. Porém, um dos croquis nas mãos do jurados, como segue abaixo, mostra o alto profissionalismo local. “A nossa fonte de inspiração foi a Colômbia”, explica Dário. (Foto: DFB).