30.4.2015
O Paraná amanheceu de luto nessa véspera do Dia Internacional do Trabalho (1º de maio), em virtude do massacre contra os professores ocorrido no Centro Cívico, na Capital do Paraná, na tarde dessa quarta, 29.
Enquanto a base governista aprovava o projeto de Lei que colocará em xeque a Previdência do funcionalismo público estadual, do lado de fora da Assembleia Legislativa, os professores eram bombardeados do alto de helicópteros com bombas de efeito moral e do chão surgiam balas de borracha e cacetetes. Inclusive crianças de um Centro de Educação Infantil foram atingidas pelo gás.
A imprensa nacional e internacional deu ampla cobertura ao triste episódio. Foram 31 votos favoráveis ao projeto lançado pelo governador Beto Richa (PSDB), 20 contrários, e outros dois que não votaram. Do lado de fora, o saldo de vítimas da verdadeira praça de guerra em que foi transformado o centro cívico não parava de subir, calculado em 200 feridos, alguns com maior intensidade.
Vale lembrar, que no início do ano projeto similar foi enviado à Assembleia, porém com a pressão popular o mesmo foi retirado das pautas de votações. Na ocasião, professores dos colégios e universidades estaduais entraram em greve. Menos de 03 meses depois, o Governo revidou, enviando projeto com igual teor para votação, mas agora protegido por milhares de policiais que cercaram a Alep por quase uma semana. Professores foram atingidos com balas no corpo e toda a sociedade com tiros na alma. Afinal, a Casa do Povo foi cercada por milhares de policiais armados, treinados, auxiliados com cães e armamento pesado, contra os professores, seus aventais, giz e livros.
A imagem é do site oficial da UEM e ela se repetiu em milhares de manifestações nas redes sociais.